Um pouco de “design thinking” pode ajudar o seu negócio
- Posted by samueleidam
- On dezembro 4, 2017
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Muito se fala sobre design como “ferramenta” no mundo dos negócios. Além do resultado em si que o design proporciona, a metodologia base utilizada em projetos de design também é muito interessante para ser aplicada em vários casos. Basicamente, pensar como se pensa em projetos de design implica em assumir uma postura analítica, reforçar os “achismos” através de pesquisas e por a mão na massa. Ao iniciar um novo projeto, a empresa deve ter em mente que os relatórios financeiros e estatísticos não serão o suficiente para chegar nas melhores soluções. Pensar no projeto em sua totalidade fará com que a relação investimento x retorno tenha maior clareza, além de aumentar o potencial de atingir o público e alcançar uma maior durabilidade do produto final no mercado.
Passo 1 – Entender (Briefing): a cada novo projeto temos um briefing, que nada mais é do que uma descrição do problema e apresentação do contexto geral e demais informações levantadas previamente. Ter esse material o mais completo possível reduzirá o tempo de execução e diversos erros. Para um negócio ou projeto de outra área, essa etapa de esclarecimentos poderá mudar o rumo do lançamento de um novo produto, de um novo negócio, ou então torná-lo ainda mais completo. Se o produto não tem um motivo para existir, será difícil justificar ao seu consumidor os motivos para ele comprar. Busque entender cada ponto.
Passo 2 – Pesquisar/Observar: Assim que tiver a definição do seu problema, pesquise. Entreviste pessoas relacionadas ao seu objetivo, observe as soluções dos concorrentes diretos e indiretos, levante dados de mercado e valide se tudo o que está sendo proposto é sustentável (financeiramente viável e vendável).
Passo 3 – Gerar Ideias (Soluções): Tendo o problema bem definido e uma linha de raciocínio já construída com base nas pesquisas feitas, comece a organizar as ideias e achar possíveis soluções. Coloque como meta resolver o problema, mesmo que algumas soluções pareçam inviáveis. Mesmo que algumas não pareçam as melhores, coloque no papel e passe para as próximas. Por vezes, uma boa ideia nasce de uma que inicialmente era ruim. Após isso, vá filtrando as melhores soluções e buscando formatá-las de uma maneira que todos os envolvidos entendam.
Passo 4 – Testar Protótipos (resolução): Hora de pegar as soluções selecionadas e colocá-las em laboratório. Teste as soluções em ambiente o mais próximo do real, para entender completamente o que cada solução tem de melhor e pior.
Passo 5 – Selecionar (justificativa): Selecione a melhor ideia levando em consideração a que resolve melhor o problema levantado no briefing e alinhe com a pesquisa feita.
Passo 6 – Implementar (entrega): Leve ao mercado o seu produto/serviço lapidado.
Passo 7 – Aprender (feedback): Aprenda com cada etapa do seu processo. Veja quais profissionais tem as maiores capacidades para cada etapa e explore isso nos próximos projetos. Aprender com os erros é tão importante quanto aprender com os acertos, mas busque inovar sempre (a expressão “não se mexe em time que está ganhando” nem sempre é correta, pois “é melhor prevenir do que remediar” – ou seja, sempre busque melhorar, mesmo quando já está bom).
Essa forma de organizar e dividir os processos do projeto ajuda a esclarecer melhor o produto e facilitará a comunicação e o entendimento no mercado. Há quem trabalhe com mais ou menos passos, ou com outra forma de organiza-los, mas a base de entendimento é a mesma, e pode ainda ser resumida em três grandes passos: entendimento, exploração e materialização.
*A estrutura que usei como base é a descrita no livro Design Thinking por Gavin Ambrose e Paul Harris.