Quando iniciei os estudos na área de design em 2003 no SENAI (lá em Porto Alegre, quando era um moleque de 15 anos) ainda ouvia alguns pontos a favor do design dentro da empresa, sendo o maior deles a ideia de que o design servia como diferencial – algumas empresas tem, outras não. Uma década se passou e essa visão não mudou em muitos lugares. Alguns empresários ainda tem o design como um “luxo” para sua empresa, e deixam de lado o bom design para gastar menos através de profissionais mal instruídos ou com pouca experiência (ou sem a menor noção do que é um design duradouro e eficaz). 

Design é uma necessidade não só para diferenciar a empresa (tanto no sentido de diferenciar uma empresa da outra quanto de ser um diferencial) mas sim para melhorar o impacto da marca na vida do consumidor, estreitar os laços e refletir sobre a essência da empresa. Além disso, o design auxilia a empresa a mostrar-se para o público e traduzir a linguagem e visão da marca de forma visual. Economizar em algo que fará a diferença é por em risco a imagem toda da empresa – portanto, não é luxo.

Apesar de parecer aquela velha história de “puxar a sardinha pro meu lado”, o design é uma necessidade. Contratar serviços de um bom designer é tão importante quanto investir em bons contadores, advogados, gerentes, vendedores… Claro que muito se fala em crise e cortes de gastos, mas ficar sem investimento nessa área pode agravar os efeitos em um momento econômico delicado, mas lembre-se de investir de forma consciente, como qualquer outra área. Bancar um profissional barato pode sair caro a longo prazo, mas pagar um valor incompatível para a empresa também causará danos. Releve as propostas, negocie e encontre o que a sua empresa realmente precisa, mas não deixe o design de lado.