Perguntar não ofende, e isso é verdade.
- Posted by samueleidam
- On junho 15, 2017
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Sou designer gráfico e escrevo esporadicamente para aliviar um pouco a cabeça de questões que surgem diariamente, tanto na empresa quanto em alguns projetos isolados que realizo. O que me veio em mente hoje foi: porque as pessoas perguntam cada vez menos sobre o que não sabem e simplesmente aceitam algo que não entenderam?
Imagine-se comprando um produto em uma caixa fechada, sem poder ver o conteúdo ou alguma explicação imediata. Pois bem, agora imagine que essa caixa prometa salvar a sua empresa/negócio/vida. Qual seria a primeira pergunta que você faria ao vendedor? Seria possível comprar apenas sabendo que naquela caixa havia a solução para o seu problema, ou faria mais sentido pedir ao atendente mais explicações sobre o produto antes de comprar?
Muitos clientes contratam o designer desta forma, mas esse não é o problema. Quando o designer tem um portfolio que apresente de forma esclarecedora os projetos realizados, é como se a caixa misteriosa viesse com rótulo explicativo, com imagens e indicações de uso. Quando ele apresenta a sua proposta e visão de design, é como se o produto acompanhasse um manual de instruções. A única ação que falta: ver o produto. Essa é a parte que o design difere-se de um produto físico – não há teste ou pré visualização.
“A dúvida é o princípio da sabedoria” Aristóteles
Mas então, qual o problema?
Em situações em que o cliente não demonstra interesse pelas especificações do projeto é que está esse obstáculo que muitas vezes desgasta as duas parte, além é claro, de vezes em que o designer não esclareceu da devida forma o que compunha o projeto. A explicação e apresentação de cases similares tem por objetivo não deixar dúvidas de que aquele profissional é o mais indicado para a sua necessidade, então, cabe ao cliente perguntar toda e qualquer dúvida nesse instante. Esse questionamento deve ser feito para sanar as dúvidas mais simples, como o significado de determinadas palavras usadas na proposta ao funcionamento de cada mecanismo contido no conjunto, ou mais complexas sobre a metodologia e cronograma base. Mesmo na era da informação não é feio perguntar, o que ofende é ficar com dúvida.