
Teoria x Prática
- Posted by samueleidam
- On janeiro 27, 2017
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Acredito que todos (ou quase todos) os estudantes questionaram-se alguma vez sobre as capacidades de seus professores e mentores sobre a relação conhecimento teórico x prática de mercado. Não sou do tipo de profissional que defende a prática de mercado como escola absoluta, mas reconheço que algumas dicas de sobrevivência seriam interessantes na época da graduação.
Sempre entendi que teoria e prática andavam lado a lado, e por isso sempre tive dificuldades em aceitar que profissionais pendessem muito para um dos lados. A nível acadêmico muitas vezes tive conteúdos que beiravam a extinção diante de novas tecnologias e modelos de negócio, e em outros momentos senti falta de livros e guias em meio aos projetos demasiadamente rápidos. Saindo desse ambiente, o mercado espremeu muito de minhas capacidades por hora confusas, e me deixou desnorteado por um período. O que fazer? Sigo as bases teóricas ensinadas religiosamente nas aulas ou sigo a onda do mercado e “aprendo com a vida”? A escolha foi a mais sábia, no sentido de não me arrepender: eu segui a vida e busquei equilibrar tudo nela. Acredito que essa saída que encontrei não seja novidade mas, para mim, fez sentido só depois de ter passado por tudo isso. O equilíbrio é a grande chave para a vida, e na vida profissional não seria diferente. Estava tudo ali, o tempo todo, e eu não via isso.
Depois de ter passado por algumas empresas em áreas e modelos diferentes, vi que isso era um grande diferencial pois, por mais lógico que seja, conciliar teoria e prática não é tão comum no dia a dia. Além disso, saber o que e onde utilizar cada ensinamento fará a diferença não só no tempo investido em cada projeto, mas impactará diretamente no valor a se investido e, claro, no resultado final. Entregar um projeto equilibrado, com peso teórico e impacto visual forte, fará com que o seu valor agregado seja elevado, podendo abrir novas portas em um mercado muitas vezes canibalizado pelo preço baixo (e qualidade compatível), ou por um certo despreparo de profissionais e empresas imediatista. Ao mesmo tempo, não adianta divagar sobre semiótica aplicada ao design de rótulos de produtos da industrial alimentícia veterinária da Mongólia, e não entregar um projeto final bem estruturado, atemporal e totalmente adequado.
Mas afinal, o que eu quis dizer com esse texto é que o equilíbrio é a chave do sucesso (que deve ter um chaveiro imenso para caber tanta chave). Se eu fosse aquele estudante de 2008 que eu era, gostaria de ter tido essa dica para relevar muitas coisas e focar em outras que só o tempo trouxe ao meu trabalho.